NATAL??

Ao se aproximar o final de mais um ano civil as atenções da humanidade se voltam para as festividades alusivas ao Natal e Ano Novo.

Árvores, postes, canteiros, praças, estabelecimentos comerciais, residenciais se travestem de belos ornamentos, quase sempre luminosos, transmitindo a imagem da mais perfeita paz e harmonia entre os homens.

Efetivamente, o que se constata é a "emoção" do tempo que toma conta dos corações humanos, enraizada na tradição, “arrastada” ao longo de décadas, muito mais por interesses comerciais do que pela verdadeira razão de celebrar: o nascimento do Salvador.

Nas igrejas, as celebrações alusivas ao evento que deu início, efetivamente, ao plano de redenção da humanidade, - que viria a se concretizar com a vitória sobre a morte, na Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo -, invariavelmente ficam relegadas a segundo plano.

Não sinto receio em afirmar que os desígnios pessoais de fim de ano, na ordem de prioridade, classificam nas primeiras posições as preocupações com aquela roupa nova, aquele presente para o parente, o amigo, o namorado, a namorada, o marido, a mulher e, quem sabe, se sobrar um tempinho, com a possibilidade de “ir à igreja”, porque os pais e avôs assim ensinaram. Mas, com um detalhe: se a celebração não for muito longa!

É pena! Deus “derrama” incontáveis graças, demonstrando seu profundo amor pela humanidade, mas, incompreensivelmente, o tratamento não encontra reciprocidade.

Não sou exceção. Não sou imune aos apelos comerciais. Por isso, em mais um Natal, peço ao Criador que, na pessoa do Menino-Deus, possa sensibilizar a humanidade em constante e crescente conflitos – o noticiário nos mostra -, possamos iniciar um processo de reversão, rumo ao encontro definitivo, peremptório, eterno e de alegria transbordante.

Luciano Bayer